quarta-feira, 10 de maio de 2017
Às maio 10, 2017 por Unknown Sem comentários
Esta
manhã, o Festival Literário "Livros a Oeste" foi
inteiramente dedicada ao público escolar. Três escritoras -
Cristina Carvalho, Isabela Figueiredo e Olinda Beja - apresentaram as
suas obras mais recentes a crianças e jovens, em sessões marcadas
pela presença de muito público.
Cristina Carvalho e "As Fabulosas Histórias da Tapada de Mafra"
A primeira apresentação da manhã esteve a cargo de Cristina Carvalho que deu a conhecer "As Fabulosas Histórias da Tapada de Mafra" a largas dezenas de alunos do 6.º ano de escolaridade, que encheram o auditório da Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos (E.B. 2,3) da Lourinhã. Sempre em diálogo com os jovens, a autora falou sobre a história do livro, revelando que passou todo um outono na Tapada de Mafra para escrever esta obra, que inclui fotografias de Nanã Sousa Dias e ilustrações de Teodora Boneva.
O livro narra a visita de um rapazinho ao Palácio-Convento, mandado construir pelo rei D. João V, e "a jóia da natureza que lhe faz companhia desde há séculos, que é a Tapada Real de Mafra".
Ao longo da visita, o menino vai encontrando os animais e plantas que fazem parte deste refúgio natural e que são os verdadeiros protagonistas do livro de Cristina Carvalho. Foram, precisamente, algumas dessas histórias, que a autora partilhou com a jovem plateia, escolhendo pequenos excertos relacionados com animais: o lobo, um javali fêmea e uma gigantesca nuvem luminosa de pirilampos.
Olinda
Beja conta a história da origem da Ilha do Príncipe
Para o 3.º e 4.º anos, Olinda Beja apresentou as suas obras Grão de Café e Tomé Bombom, no auditório do Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira. Em interação constante com o jovem público, a autora deu a conhecer a história de Paguê, menino que deu origem ao nome da ilha do Príncipe.
"Pretendendo encontrar um herdeiro para o trono, o rei chama as crianças e confia-lhes um grão de café, para cada uma, no prazo de um ano, cuidar e fazer germinar. Na data marcada, os meninos e as meninas voltam à presença do rei, mas Paguê vem triste, pois é o único que traz um vaso vazio. O seu grão de café não germinou, apesar de se ter esforçado", pode ler-se na sinopse da obra. Numa leiitura interativa, Olinda Beja revelou o destino de Paguê e da criação de uma das ilhas do arquipélago de que é natural - São Tomé e Principe.
Para esta revelação, a autora usou marcos da sua cultura, apoiando a história com danças e músicas do seu povo que transmitiu e ensinou aos jovens leitores da plateia.
Para o 3.º e 4.º anos, Olinda Beja apresentou as suas obras Grão de Café e Tomé Bombom, no auditório do Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira. Em interação constante com o jovem público, a autora deu a conhecer a história de Paguê, menino que deu origem ao nome da ilha do Príncipe.
"Pretendendo encontrar um herdeiro para o trono, o rei chama as crianças e confia-lhes um grão de café, para cada uma, no prazo de um ano, cuidar e fazer germinar. Na data marcada, os meninos e as meninas voltam à presença do rei, mas Paguê vem triste, pois é o único que traz um vaso vazio. O seu grão de café não germinou, apesar de se ter esforçado", pode ler-se na sinopse da obra. Numa leiitura interativa, Olinda Beja revelou o destino de Paguê e da criação de uma das ilhas do arquipélago de que é natural - São Tomé e Principe.
Para esta revelação, a autora usou marcos da sua cultura, apoiando a história com danças e músicas do seu povo que transmitiu e ensinou aos jovens leitores da plateia.
A
Gorda e as memórias da descolonização por Isabela Figueiredo
A última apresentação da manhã esteve a cargo de Isabela Figueiredo, que falou para um auditório da Escola Secundária, completamente cheio, dos seus livros "Caderno de Memórias" e, principalmente, d' "A Gorda", duas obras diretamente relacionadas com o contexto da descolonização.
A última apresentação da manhã esteve a cargo de Isabela Figueiredo, que falou para um auditório da Escola Secundária, completamente cheio, dos seus livros "Caderno de Memórias" e, principalmente, d' "A Gorda", duas obras diretamente relacionadas com o contexto da descolonização.
Na
sua apresentação d'A Gorda Isabela Figueiredo foi desvendando a
história de Maria Luísa, uma menina que veio para Portugal,
diretamente das ex-colónias, dez anos antes dos seus pais. A chegada
dos progenitores, detentores de uma cultura e valores com
os quais Maria Luísa não se identificava, abalou o mundo muito
próprio desta jovem, que - desde sempre - sofreu e foi discriminada
pelo facto de ter excesso de peso.
Em "A Gorda", Isabela Figueiredo fala, sobretudo, de uma mulher que que sonha renascer noutro corpo para ser admitida no mundo, para se normalizar. Esta é também uma história de luta contra a discriminação, uma história de resistência, que tem como pano de fundo um Portugal do pós 25 de Abril.
No final de uma apresentação, que foi conquistando a plateia após cada revelação, a escritora premiou com um exemplar autografado d'A Gorda, os dois alunos que demonstraram mais interesse ao longo da sessão.
Escritoras sensibilizaram para a importância da leitura
Apesar de distintas, estas apresentações, tiveram como tónica dominante a sensibilização para a importância dos ivros e da leitura, enquanto plataformas de excelência para a formação de cidadãos mais informados e participantes na sociedade contemporânea.
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