segunda-feira, 8 de maio de 2017
Às maio 08, 2017 por Unknown Sem comentários
Este é o comentário que mais
ouço ultimamente. E para dizer a verdade, eu própria também não o sabia. Não me
lembro do dia, ou propriamente do momento em que decidi escrever.
Lembro-me contudo de ser absolutamente viciada
em leitura desde sempre.
Nos anos 80, dirigia-me à
Biblioteca Itinerante para alugar livros, que “devorava” em poucos dias.
Desses tempos, marcaram-me livros como “Os Filhos
da Droga” de Cristiane F. (que li às escondidas por a minha mãe achar que era
muito pesado para a minha idade) e uns anos mais tarde “Pássaros Feridos” de
Colleen McCollough, um fantástico romance épico, que se desenrola na Austrália
na primeira metade do sec. XX..
Lembro-me também de quando
lia uma boa história, parava para contemplar a imaginação e a capacidade
criativa do autor(a).
Casei cedo, consequentemente
cedo fui mãe, e cedo entrei no competitivo mercado de trabalho. Seguiram-se
duas décadas em que que a literatura deixou de fazer parte do meu quotidiano.
Ao completar os 40 anos, fiz um balanço do meu
percurso pessoal, e senti que felizmente tinha atingido as principais metas
como ser humano; tinha uma carreira profissional promissora, os filhos estavam
quase criados, e já tinha assumido vários projetos sociais, nomeadamente a
fundação do Grupo de Teatro de Ribamar, a criação de eventos como o Carnaval de
Ribamar, e até tinha passado pela singular experiência de ter sido Primeira
Dama dado o meu marido ter sido presidente por quatro anos desta Freguesia.
Por coincidência ou não, em todos estes
projetos, a escrita esteve sempre presente, onde tive o privilegio de escrever
artigos para jornais, discursos, peças de teatro e uma biografia.
Há 3 anos atrás, esta paixão
pela escrita falou mais alto, e deixei embrionar a ideia de o fazer a sério,
lançando-me na mais ousada aventura da minha vida, escrevendo um livro. Sim, um
livro a sério!
De início não dei demasiada importância ao
projeto, e cheguei a pensar que mesmo que não o conseguisse editar, fá-lo-ia
para oferecer aos meus filhos. Só que ao apresentar a ideia à família, o apoio
foi tal, que me senti realmente comprometida em realizar o meu sonho: editar um
livro.
Pesquisei durante horas,
passei imensos serões a escrever, negociei com editoras, esbocei maquetas para
capas, etc...e a partir daí, o resultado é aquilo que os meus amigos têm à
vista.
O lançamento deste livro
[Filha da Lenda] foi um sucesso, assim como o tem sido a opinião dos leitores.
Quanto ao tema é
apaixonante, e sempre tive um fascínio pela pirataria, dadas também as
históricos que ouvia em pequena.
Termino, partilhando o
quanto escrever é um prazer para mim, e (apesar de não saber tocar musica)
quando me sento a escrever, sinto que estou no piano a tocar uma bela partitura
de musica.
Sinto-me orgulhosa e grata
pela obra A Filha da Lenda. Ouvir tantas pessoas que me dizem que já não liam
há muito tempo, ou nem gostam de ler, mas que este livro as pôs de novo a ler,
é mesmo o que mais me engrandece»
Florbela Santos
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