Ler é Viver (Outras Vidas) - De 9 a 13 de maio de 2017

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Às maio 11, 2017 por Unknown   Sem comentários


Sem medos! Este foi o momento alto do Festival Literário Livros a Oeste...pelo menos até agora. A tertúlia "Creio na Palavra", juntou Frei Fernando Ventura - do lado crente -, Rui Zink e Afonso Cruz - do lado da palavra. Mas não pense que os três ficaram confortavelmente nos seus lados. Aliás, com a sua presença irreverente, Rui Zink começou por dizer que é mais feliz quem "dá para os dois lados". 

Frei Fernando Ventura usou as palavras para agarrar o público. Falou do sentido da vida, do uso da palavra, da crença. Incentivou o público a confrontar-se. Pediu que começassem com um sorriso tímido para a pessoa do lado, depois com um olhar fixo e finalmente com um "gosto de ti" e um "amo-te". Para ele, nós temos dificuldade em proferir estas palavras diariamente e quando devemos.

Já Rui Zink, abordou um lado mais político da palavra. Falou da liberdade e brincou respeitosamente com a crença. Envolveu o seu discurso em acontecimentos da atualidade e cativou o público pelo brilhantismo a que já habituou quem o segue. João Morales,o moderador, aproveitou isso mesmo e leu passagens de alguns dos seus livros para "apimentar" a conversa. 

Afonso Cruz, afetado pelo jet lag depois de uma longa viagem internacional, acabou por ser o mais discreto. Pelo menos no início da conversa. Depois, entusiasmou-se e acabou por marcar o seu discurso com um apelo ao investimento na cultura. Defendendo que a distribuição habitual de orçamentos/esforços, que é - na sua opinião - de 99% para muita coisa e 1% para a cultura, deveria inverter-se na totalidade. 

A conversa prolongou-se noite dentro e o publico acabou completamente extasiado.

FLORBELA SANTOS APRESENTA "A VIDA EM CACOS"

A escritora local, Florbela Santos, também esteve em destaque neste terceiro dia de Livros a Oeste ao apresentar o seu primeiro e único livro "A Vida Em Cacos". O livro conta a história de um lourinhanense, que há mais de cem anos emigrou para os Estados Unidos, deixando para trás a mulher e quatro filhos. É uma história narrada na primeira pessoa, visto que a autora era bisneta da personagem que deu origem ao livro. 

Florbela Santos admitiu que a escrita desta publicação foi "a aventura mais ousada" da sua vida. 

A apresentação decorreu na Biblioteca Municipal da Lourinhã com uma plateia bastante composta.


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