sexta-feira, 19 de maio de 2017
Às maio 19, 2017 por Unknown Sem comentários
Nesta 5.ª edição do Festival Literário Livros a Oeste, a palavra “envolvimento” foi a que melhor descreveu a dinâmica vivida na Lourinhã, entre os dias 9 e 13 de maio. Mais envolvimento das pessoas, das escolas e dos autores – mais sentimento de pertença a um evento que já é um marco no panorama cultural da região.
A
aposta numa programação ampla e diversificada traduziu-se num aumento de
público, havendo a registar presença de mais de 2700 pessoas ao longo dos cinco
dias deste Festival, que teve como tema Ler é Viver (Outras Vidas).
Os livros, a escrita e as palavras “passearam”
pelo concelho, numa viagem proporcionada por uma atrativa agenda de
iniciativas, destinada a todas os idades. De entre as novidades desta edição, há a assinalar o espaço criativo – speakers corner, que serviu de palco para muitas manifestações artísticas
e criativas, desde a leitura de poesia até à música , passando pelas rimas de
improviso e contação de histórias.
Dois
dos momentos altos da iniciativa estiveram associados à participação de Manuel
Alegre, que apresentou a edição dos 50 anos de “O Canto e as Armas”, e de Sérgio
Godinho, presente em vários momentos neste Festival. Da apresentação do seu
mais recente livro “Coração Mais que Perfeito” à participação na tertúlia “Portugal:
Strip Tease de um País”, Sérgio
Godinho foi, ainda, o protagonista de um memorável concerto de encerramento,
que esgotou o auditório da Associação Musical e Artística Lourinhanense (AMAL).
Apresentações
de obras literárias e tertúlias marcaram o programa direcionado ao público em
geral, propiciando a partilha e o debate sobre temas centrais da literatura e
sociedade. Nestes momentos, marcaram presença, entre outros, os seguintes
autores: Olinda Beja, Fernando Pinto do
Amaral, Natália Luiza, José do Carmo Francisco, Rui Miguel Tovar, Isabel
Galvão, Filipe Lopes, Rosa Mendes Vilas Boas, Florbela Santos, Afonso Cruz,
Frei Fernando Ventura, Manuel da Silva Ramos, Miguel Real, Cristina Norton, Mário Zambujal e Beatriz
Caixaria, a jovem vencedora do concurso de contos 'Prémio Livros a Oeste /
Câmara Municipal da Lourinhã, na categoria Ensino Secundário.
Destaque
ainda para a realização de uma homenagem ao trabalho que Rui Cipriano “prestou
à comunidade lourinhanense". A evocação do papel deste entusiasta da
memória da Lourinhã e da história local teve lugar no decurso da sessão de
lançamento do livro "Azulejaria Artística do Concelho da Lourinhã - Do
Século XV ao Século XX". A obra resulta de um trabalho desenvolvido há
treze anos atrás, pelos alunos dos Clubes da Património e Fotografia da antiga
Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Dr. João das Regras, tendo sido o último
contributo de Rui Cipriano para a preservação do património concelhio.
De
entre a vasta programação, há ainda a realçar iniciativas como a Feira do
Livro, onde foi possível encontrar obras de referência e novidades a preço de
desconto, várias apresentações levadas a efeito pelos alunos da Academia
Cultural Sénior da Lourinhã e atividades para o público escolar, com a
apresentação de obras, encontros com autores, teatro e muito mais. Para os
professores houve ainda a formação (Re) Criar Narrativas, que envolveu 32
docentes, oriundos de vários agrupamentos da região oeste e da grande Lisboa,
numa jornada de conhecimento sobre a comunicação, que assume diferentes
narrativas, em contexto escolar.
Ao
longo de todo o Festival foi ainda possível visitar a exposição de ilustração
de Tânia Clímaco “Reis, Princesas; Dragões e Outras Confusões”, que esteve
patente até 2 de junho, na Galeria Municipal. No átrio do centro Cultural Dr.
Afonso Rodrigues Pereira foram, igualmente, dadas a conhecer as mostras
“Microlivros e Microcontos, uma Mini Biblioteca”, elaborada por alunos do
Agrupamento de Escolas da Lourinhã, e “A Tua Biblioteca ! Embarca na Aventura”
por professores das Bibliotecas do Agrupamento D. Lourenço Vicente.
VEJA O ÁLBUM DA EDIÇÃO 2017 DO EVENTO
VEJA O ÁLBUM DA EDIÇÃO 2017 DO EVENTO
domingo, 14 de maio de 2017
Às maio 14, 2017 por Unknown Sem comentários
O
cantautor Sérgio Godinho, acompanhado ao piano por Filipe Raposo, foi o
protagonista de um memorável concerto de encerramento, que esgotou por completo
o auditório da Associação Musical e Artística Lourinhanense (AMAL), no dia 13
de maio.
Os
dois músicos presentearam o público, que encheu completamente a sala, com uma
viagem de quase uma hora e meia, que seguiu um percurso pelos temas mais
representativos da obra do “escritor de canções”.
A
assistência ficou completamente rendida às suas canções e palavras. Foi um concerto memorável, que que deixou
muitos com um brilhozinho nos olhos.
Sinopse
SÉRGIO GODINHO&
FILIPE RAPOSO - concerto voz e piano
Cantor,
compositor, escritor, actor (de teatro e cinema), Sérgio Godinho é, para citar
uma das suas canções clássicas, o verdadeiro “homem dos sete instrumentos”.
Contando com uma carreira artística de
invejável longevidade que se prolonga há mais de 40 anos de modo intocável,
seria redutor destacar um dos títulos da sua vasta discografia em estúdio e ao
vivo iniciada com “Os Sobreviventes” e, continuada até à data, com “Liberdade –
Ao Vivo” ou, destacando apenas a última das suas colaborações, com Jorge Palma
no projecto “JUNTOS”.
Mas também o público mais jovem mereceu a sua
atenção, com “Os Amigos do Gaspar”, com a peça “Eu, Tu, Ele, Nós, Vós, Eles”,
com “A Caixa” e ainda com “O Pequeno Livro dos Medos”.
Também na escrita, esta para os “menos novos”,
publicou o livro de poemas “O Sangue Por Um Fio”; o de crónicas “Caríssimas
Quarenta Canções”, uma colecção de textos publicados no Expresso em que
destacou as canções que mais o influenciaram e que mais tarde daria origem ao
espectáculos e disco “Caríssimas Canções”; o livro de contos “Vidadupla”; e, já
em 2017, a estreia em romance com “Coração mais que perfeito”.
Em
palco, aventurou-se recentemente numa parceria inédita – um recital de voz e
piano. “Explorar de uma outra forma as
minhas canções foi uma bela maneira de pensar em mim próprio e nas vidas
criativas que fui atravessando. Escolhi algumas entre muitas, de amores
desamores confortos desconformidades redenções, e convidei apenas um pianista,
o grande Filipe Raposo, para me acompanhar.”
sábado, 13 de maio de 2017
Às maio 13, 2017 por Unknown Sem comentários
A última tertúlia da edição deste ano do Festival Livros a Oeste juntou no auditório do Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira, os escritores Cristina Norton e Mário Zambujal e uma convidada especial - Beatriz Caixaria. Esta foi uma surpresa para a jovem estudante do Ensino Secundário, que venceu a edição, deste ano, do concurso de contos 'Prémio Livros a Oeste / Câmara Municipal da Lourinhã', e que foi convidada, pela organização, para participar na conversa.
O tema "O Escritor é um Oleiro Cego" deu o mote a este encontro, em que se falou da paixão pela escrita, das histórias e das pessoas que inspiram os escritores ou os autores (como Mário Zambujal prefere ser chamado).
Para Cristina Norton, o escritor tem de ter a dose certa de loucura para levar avante os seus desígnios. A inspiração pode vir de uma simples conversa de café ou da vida pessoal e familiar. O essencial é a paixão por aquilo que escrevemos.
A conversa trouxe para cima da mesa a mais recente obra da escritora "O Rapaz e o Pombo", que conta uma história, baseada em factos verídicos, sobre vítimas do holocausto, desde a criança judia abandonada até às mulheres que, nos campos de concentração, eram obrigadas a prostituir-se. A escrita deste livro foi, para Cristina Norton, "uma necessidade de sangue", pois, parte da família paterna, de origem judia, morreu num campo de concentração.
Por sua vez, Mário Zambujal revelou que tenta transmitir nas suas obras uma parte da sua personalidade. "Quando escrevo tenho de ter o prazer de escrever", disse.
Essa marca do "eu" que deixa nos livros é visível na própria escolha dos temas. "Os homens e as mulheres encontram-se e as coisas são giras", explicou.
Com o bom humor com que nos vem brindando, desde a primeira edição do Livros a Oeste, Mário Zambujal desfilou histórias relacionadas com a escrita e também com a sua longa carreira jornalística. Foi nos jornais que encontrou várias fontes de inspiração para os seus romances, pautados por uma dose indispensável de humor.
Mário Zambujal felicitou, ainda, a organização do Festival por continuar a levar avante esta iniciativa, e deixou uma palavra de apreço pelo facto dos lourinhanenses, com quem tem vindo a contactar, demonstrarem grande afeição pelos livros e pela leitura.
Também Beatriz Caixaria deu a conhecer a sua paixão pela escrita e os temas que a movem. Comparou a leitura e a escrita a uma viagem e disse que, muitas vezes, a inspiração lhe surge de onde e quando menos espera. "Às vezes é uma ideia que me vem à cabeça antes de adormecer", disse.
Relativamente ao seu conto, explicou que teve de pesquisar e estudar a época da Idade Média para conseguir transmitir o ambiente, que pretendia imprimir ao texto. Revelou ainda que, às vezes, a escrita de uma obra de ficção é o mote ideal para aprofundar os conhecimentos sobre períodos e contextos históricos distintos.
Foi assim esta última conversa, marcada por momentos inesquecíveis de partilha entre os escritores e o público presente.
Às maio 13, 2017 por Unknown Sem comentários
Hoje
à tarde viveram-se momentos emotivos na Biblioteca Municipal com a
realização de uma homenagem a Rui Cipriano, "pelo trabalho
que prestou à comunidade lourinhanense".
A
evocação do papel deste entusiasta da memória da Lourinhã e
da história local teve lugar no decurso da sessão de lançamento
do livro "Azulejaria Artística do Concelho da Lourinhã - Do
Século XV ao Século XX".
Esta obra resulta de um trabalho desenvolvido há treze anos atrás, pelos alunos dos Clubes da Património e Fotografia da antiga Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Dr. João das Regras,tendo sido o último contributo de Rui Cipriano para a preservação do património concelhio.
O trabalho foi efetuado no âmbito do projeto de inventariação e estudo
do Património concelhio", explicou o professor José Nuno
Leitão, na altura presidente do Conselho Executivo da Escola João
das Regras e atual promotor da passagem deste projeto para formato de livro.
Editada pela Câmara Municipal
da Lourinhã, Agrupamento de Escolas D. Lourenço Vicente e Centro de
Estudos Históricos da Lourinhã, esta obra traduz um projeto em que estiveram envolvidos 25 jovens, orientados pela professora Cidália Raposo e coordenados por Rui Cipriano e pelas professoras Teresa Braga e Cecília Ogando. Mais de uma década volvida, muitos
desses jovens reuniram-se nesta sessão, recebendo das mãos do
presidente da Câmara, João Duarte Carvalho, um exemplar do livro que ajudaram a construir.
O representante máximo da autarquia foi também o responsável pela entrega de uma placa evocativa da memória de Rui Cipriano, à família homenageado. O filho João Mário Cipriano agradeceu a evocação, dizendo que esta foi a melhor forma de
homenagear o seu pai, um homem que "também era livro".
As professoras envolvidas no projeto louvaram, igualmente, a paixão e o entusiasmo que Rui Cipriano sempre teve por
tudo com que se envolveu, referindo igualmente a boa relação que estabeleceu com os alunos e parceiros do estudo.
Também o vereador Fernando Oliveira
deixou palavras de louvor ao homem e ao autor, que legou obras
ímpares para o estudo da história local, destacando os livros "Comemorações do Primeiro Centenário da Batalha do Vimeiro", "Vamos falar sobre a Lourinhã" e "Moledo do concelho da Lourinhã - História, Tradições e Património".
A homenagem terminou com um porto de
honra, servido na zona de receção da Biblioteca, que também acolhe
uma mostra evocativa da memória de Rui Cipriano, com originais
cedidos pela família e documentos sobre o seu envolvimento no estudo
da história local.
sexta-feira, 12 de maio de 2017
Às maio 12, 2017 por Unknown Sem comentários
Assistimos hoje à última apresentação da peça de teatro infantil "Mosca Fosca", que o grupo "Os Sombronautas" tem vindo a apresentar na Biblioteca Municipal da Lourinhã, no âmbito do Livros a Oeste.
Ao longo de três dias de apresentação, assistiram a esta peça muitas dezenas de crianças integradas no Ensino Pré-Escolar e nos 1.º e 2.º anos do Ensino Básico. E a reação não poderia ser melhor. As crianças ficaram maravilhadas com esta história de amizade e companheirismo, que teve como protagonista uma mosca. Uma mosca que quer ser amiga de todos os animais, convidando-os para partilhar uma tarte de amoras.
Num espetáculo de sombras, luz e manipulação de objetos, os Sombronautas deram a sua própria interpretação a uma história de Eva Mejuto (adaptada de um conto russo).
Mas a apresentação não ficou por aqui. No final houve ainda uma oficina, onde os pequenos elementos do público puderam experimentar as técnicas e objetos utilizados no espetáculo e até mesmo provar tarte de amoras.
quinta-feira, 11 de maio de 2017
Às maio 11, 2017 por Unknown Sem comentários
Sem medos! Este foi o momento alto do Festival Literário Livros a Oeste...pelo menos até agora. A tertúlia "Creio na Palavra", juntou Frei Fernando Ventura - do lado crente -, Rui Zink e Afonso Cruz - do lado da palavra. Mas não pense que os três ficaram confortavelmente nos seus lados. Aliás, com a sua presença irreverente, Rui Zink começou por dizer que é mais feliz quem "dá para os dois lados".
Frei Fernando Ventura usou as palavras para agarrar o público. Falou do sentido da vida, do uso da palavra, da crença. Incentivou o público a confrontar-se. Pediu que começassem com um sorriso tímido para a pessoa do lado, depois com um olhar fixo e finalmente com um "gosto de ti" e um "amo-te". Para ele, nós temos dificuldade em proferir estas palavras diariamente e quando devemos.
Já Rui Zink, abordou um lado mais político da palavra. Falou da liberdade e brincou respeitosamente com a crença. Envolveu o seu discurso em acontecimentos da atualidade e cativou o público pelo brilhantismo a que já habituou quem o segue. João Morales,o moderador, aproveitou isso mesmo e leu passagens de alguns dos seus livros para "apimentar" a conversa.
Afonso Cruz, afetado pelo jet lag depois de uma longa viagem internacional, acabou por ser o mais discreto. Pelo menos no início da conversa. Depois, entusiasmou-se e acabou por marcar o seu discurso com um apelo ao investimento na cultura. Defendendo que a distribuição habitual de orçamentos/esforços, que é - na sua opinião - de 99% para muita coisa e 1% para a cultura, deveria inverter-se na totalidade.
A conversa prolongou-se noite dentro e o publico acabou completamente extasiado.
FLORBELA SANTOS APRESENTA "A VIDA EM CACOS"
A escritora local, Florbela Santos, também esteve em destaque neste terceiro dia de Livros a Oeste ao apresentar o seu primeiro e único livro "A Vida Em Cacos". O livro conta a história de um lourinhanense, que há mais de cem anos emigrou para os Estados Unidos, deixando para trás a mulher e quatro filhos. É uma história narrada na primeira pessoa, visto que a autora era bisneta da personagem que deu origem ao livro.
Florbela Santos admitiu que a escrita desta publicação foi "a aventura mais ousada" da sua vida.
A apresentação decorreu na Biblioteca Municipal da Lourinhã com uma plateia bastante composta.
Às maio 11, 2017 por Unknown Sem comentários
Com a alegria e boa disposição, que lhes são características, os alunos da ACS, encenados por Jorge Spatz, foram os causadores de um surto de gargalhadas que acabou com qualquer indisposição que se fizesse sentir.
Ao longo da peça, o grupo desfilou pelo palco da AMAL diversas personagens, com doenças e males, físicos e psicológicos, que procuraram a ajuda de uma médica, com síndrome de abstinência tabágica.
O resultado, como já se pode adivinhar, foi um bálsamo para qualquer irritação ou agonia existente.
Assistiram a esta peça mais de uma centena de espetadores , integrados no Clube Idade +, Centro Social e Paroquial da Lourinhã, Centro Social de Ribmar e Associação Social e Cultural da Atalaia.
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